Sala de Estar

Olhei para ele e suspirei.
- Apanhei-o com outra. - disse relembrando-me, estremeci e olhei para ele novamente. - Acho que não.

Spoiler:

Oh.. Dei-lhe um sorriso e beijei-lhe a testa. Então ele era um perfeito idiota... Pensei em mais duas perguntas. Voltarias a confiar em alguém para cuidar de ti? Disse-me referindo a uma relação. Achas que te vais apaixonar? Não disse mais nada, deixando a ultima pergunta no ar.

Bom jantar :-)

- A quem o dizes. - disse rindo-me um pouco. Olhei-o quando ele me perguntou se eu voltaria a confiar em alguém para cuidar de mim. - Acho que sim, depende. Se vou voltar a apaixonar-me, sinceramente não sei. - disse.

Spoiler:

Assenti. Não tocando mais no assunto, não querendo que ela ficasse em baixo, ou assim. Podes ficar com a minha última pergunta, meu anjo... Já perguntara tudo aquilo que precisava.

Sorri quando ele disse que podia ficar com a sua última pergunta. - Como é que se chama a tua irmã? - perguntei, não tinha mais nada que perguntar e ainda não sabia o nome da sua irmã.

Estava a olhar para a televisão à espera da sua pergunta, quando a ouvi, elevei a cabeça até os nossos olhos fazerem contacto. Lily... Ela gostou de ti... Devidas aparecer lá em casa, quando ela estiver.. Não lhe ia contar da situação da minha irma e muito menos a da minha família.

- Está bem um dia eu faço isso. - disse rindo-me. - Mas há um problema ... Eu não sei onde moras. - disse esboçando um sorriso. - E ela tem quantos anos? - perguntei.

Sorri e ajeitei-me no sofá. Não te preocupes com isso que dou-te a morada... Olhei para ela. Ela tem 9.

- Está bem. - disse com um sorriso. - Hmm ... Por falar em dar eu tenho a tua camisola, espera ai. - disse e levantei-me indo até ao quarto para buscar a camisola.

Sorri-lhe e levantei-me quando ela foi ao quarto, olhei para as horas e arregalei os olhos. Já passava das duas da manhã... Assim que ela voltou dsse-lhe que tinha que ir andando.

Voltei com a camisola e entreguei-lha. Despedi-me dele, desliguei a televisão e fui até ao meu quarto. Acabei por adormecer.

A viagem até minha casa foi feita em silêncio e isto estava-me a deixar um pouco desconfortável, mas também não falei.
Assim que chegamos abri a porta e entramos. Pousei as minhas coisas na mesinha da sala e sentei-me no sofá.

Fui à casa de banho e quando voltei ela já estava no sofá. Sentei-me ao seu lado e beijei-a.

Liguei a televisão e fiquei a ver um programa qualquer. Passado algum tempo percebi que ele se tinha sentado ao meu lado, olhei para ele e retribui o seu beijo.

Acariciei a sua bochecha e dei-lhe um beijo no nariz.

*Passado uma semana*

Mais um dia de trabalho, precisava mesmo era de ficar em casa a descansar. Suspirei e lá acabei por me levantar, tomei um banho e arranjei-me. Sai do meu quarto e fui até à cozinha para tomar o pequeno almoço. Assim que acabei de tomar o pequeno almoço peguei nas minha coisas, abri a porta e ia para sair de casa quando sinto umas mãos a empurrarem-me fazendo-me recuar e entrar novamente em casa. O homem fechou a porta e eu olhei para ele com um pouco de medo.
- O que é que você quer? - perguntei.
- Com que então és a nova distração do Julian. - disse o homem com um sorriso tarado no rosto. Engoli em seco e o homem continuou a falar. - Pelo menos tem bom gosto. - disse passando-me a sua mão na minha cara.
Tentei a afastar-me só que o homem agarrou-me nos braços e encostou-me à parede.
- Larga-me! - pedi. Ele continuou a olhar para mim e eu estava-me a sentir bastante mal com o seu olhar. - Mas afinal o que é que você quer de mim?
- O Julian anda a passar muito tempo contigo e isso não é bom para os negócios. - disse.
- Que negócios? - perguntei.
- Com isso não tens nada haver. - disse o homem e aproximou-se mais de mim.
Voltei a tentar soltar-me, mas sem sucesso. Acabei por lhe mandar um pontapé e aproveitei para começar a correr dali para fora, mas antes que eu chegasse à porta o homem agarrou-me o braço.
- Não devias ter feito isso. - rosnou e preparou-se para me mandar um estalada.

Tinha passado uma semana, as coisas iam normais entre mim e Car. Começava a desconfiar que andava alguém a seguir-nos por isso pedi a um amigo meu que a vigiasse quando eu não estivesse, por uma pequena quantia de dinheiro.
A noite anterior fora passada num bar com uns amigos, por isso deixei-me ficar a dormir até tarde. O meu telemóvel não parava de tocar, mas como estava na cozinha deixei-o estar... acabei por me lembrar que podia ser Car ou ter alguma coisa a ver com Lily.
Levantei-me e atendi o telemóvel sem olhar para o ecrã. Meu, entrou um homem encapuçado no prédio da Caroline e ela já devia ter saído para o trabalho... Queres que suba? Enquanto o ouvia já estava a correr para o meu quarto para me calçar e vestir uma camisola. Não me preocupei se ia com calças de fato de treino. Eu vou já para aí, espera por mim... Desliguei o telemóvel, peguei nas chaves do carro e da casa e saí a correr.
Cheguei lá em menos de 5 minutos.
Fica cá em baixo, pode aparecer mais alguém...
Bro, acho que é o Snake...
Merda, merda, merda, repeti várias vezes em voz alta antes de encontrar a chave da porta do prédio.
Subi as escadas a correr até ao seu andar e abri a porta com a minha chave.

O homem ia preparar-se para me mandar uma estalada enquanto eu tentava soltar-me dele, mas era impossível, ele tinha mais força que eu. Ouvi a abrirem a porta e suspirei de alivio, só que isso não fez com que o homem não me desse a estalada. Quando senti a sua mão na minha cara algumas lágrimas escaparam e levei a mão que ele não tinha agarrado à minha cara. Voltei a olhar para a porta e vi Julian a olhar para mim e para o homem bastante furioso.

Não consegui evitar que ele desse uma estalada a Car. Ele olhou para mim depois de a ver a olhar para a porta.
Era Snake... Era estranho ser ele em pessoa e não um dos seus empregados... Ele nunca se metia nestas merdinhas. Os meus punhos fecharam-se. Larga-a... Fechei a porta e dei dois passos à frente.
Porquê? Duvido que me vás fazer alguma coisa Julian...
Olhei para Car, o que fez com que a minha raiva aumentasse. Eu tinha problemas em controlar a raiva e isso ainda me ia trazer mais problemas.
Se a largares... Ambos sabemos que isto não acaba bem para nenhum dos dois. Ele olhou para ela e deu uma gargalhada que fez Caroline estremecer, dei um passo à frente. Calma, lover boy... Bufei e esperei que ele a largasse, coisa que aconteceu uns segundos depois. Ele virou-se e caminhou até ao meu lado e pousou uma mão no meu ombro. Tens coisas em atraso... Se isso volta a acontecer que vai sofrer é a menina bonita.. Sabes que não gosto de distracções.... Sacudi a sua mão do meu ombro e esperei que ele saísse para ir ter com Caroline e abraçá-la. Está tudo bem, meu anjo...
Não estava, mas isso ela não precisava de saber...

Olhei-os com atenção enquanto eles falavam. Nunca tinha visto Julian assim tão furioso. Quem é que seria este homem? O tal homem deu uma gargalhada e eu estremeci um pouco. Ele lá acabou por me largar e eu suspirei de alivio.
Pouco depois de o homem sair Julian veio-me abraçar, e eu retribui o seu abraço com alguma força. Eu estava com medo. Deixei que algumas lágrimas caíssem enquanto estava abraçada a Julian.

A minha respiração estava bastante alterada, mas o nosso abraço pareceu acalmar-me. Afastei-me um pouco enquanto as minhas mãos acariciavam e analisavam a sua cara e o seu pulso. Ele tocou-te? A sua fase rosada magoava-me por não ter conseguido evitar o estalo.
Se o Snake sabia onde ela morava então todos já sabiam... A minha casa não era um opção, todos sabiam onde morava, mesmo que nunca se tivessem atrevido a lá ir. Mas ninguém sabia da minha irmã o que era bom.
Tínhamos que desaparecer durante uns tempos... E isso implicava muitas coisas...

Quando ele se afastou ligeiramente eu olhei-o nos olhos.
- Só a estalada que tu viste. - disse um pouco baixo. Limpei as minhas lágrimas e respirei fundo. - Julian, quem era aquele homem? - perguntei olhando-o. Peguei na sua mão e puxei-o até ao sofá, sentei-me no mesmo e esperei que também se sentasse.

Ajudei-a a limpar as lágrimas... Desculpa meu anjo... Beijei-lhe a testa. Não me sentei no sofá e olhei-a. Car, eu explico-te depois, mas temos que sair daqui...
A casa do meu pai em Vancouver era uma hipótese ótima....
Dirigi-me ao seu quarto e peguei numa mala de viagem que ela tinha por cima do seu armário e comecei a por alguma das suas roupas lá dentro. Car, temos que sair daqui o mais depressa possível, podes não perceber, mas não estás em segurança... Eu prometo que depois explico...

Olhei-o confusa.
- Como assim temos de sair daqui? - disse suspirando quando ele foi até ao meu quarto, segui-o e assim que cheguei lá ele estava a pegar nas minhas roupas e a arrumas na minha mala.
- Julian! - disse fazendo com que ele olhasse para mim. - Porque é que eu não estou em segurança e porque é que temos de sair daqui o mais rápido possível? - perguntei.

Parei assim que ele me chamou, caminhei até ela e abracei-a. Aquele homem que esteve aqui é perigoso, eu conheço-o... E ele já sabe que estás comigo... Suspirei e afaguei-lhe as costas enquanto a olhava nos olhos. Tu és o meu ponto fraco e eles vão fazer de tudo para me deitar a baixo... Não lhe ia dizer que fazia parte do mundo das drogas, deixaria isso para quando ela estivesse em segurança...
Eu só preciso que confies em mim... O meu pai tinha uma casa em Vancouver, passamos lá uns tempos até as coisas acalmarem... Beijei-lhe a testa. Podes ligar para o hotel a pedir umas? férias Disse-lhe enquanto começava a pegar nas suas roupas outra vez...